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Por quem pedir

  Por quem pedir   Não sei em que momento fechei os olhos, mas quando tornei a abri-los eu estava prostrada no chão, em adoração, diante da magnificência daquela visão que até me havia feito pensar que talvez estivesse morta. Embora logo tenha compreendido que infelizmente isso não tinha acontecido. Em um instante desapareceu quase tudo: só ficou Jesus, com Sua vestimenta régia de cor dourada. Estava com uma preciosa coroa, segurava um cetro de ouro na mão esquerda e pisava algo assim como uma nuvem de cor verde. _ “Senta-te, filhinha.” Me disse muito docemente. Obedeci e me dei conta de que o homem que estava de joelhos ali, nada havia visto nem ouvido do que estava acontecendo. O Senhor me disse: _“Quero que peças, em primeiro lugar, pelo sacerdote que tornou possível este encontro entre tu e Eu, por quem consagrou esta Hóstia”. Assim o fiz. Depois me disse: _“Pede, pelas pessoas que colaboraram para construir este lugar dedicado a estes encontros. Sim, pede por eles, porque há muita

Hino ao sofrimento

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    Fere, fere, ó tão caro sofrimento, Fere, fere, ó querida dor. Tu que não poupaste o Salvador, Sê aqui na terra minha doce esperança.   Fere, não posso viver sem ti, Fere, a fim de que Jesus encontre em mim Uma crucificada à Sua imagem, Que beba com Ele a amarga bebida.   Fere, a fim de que tenha a grande felicidade, De me assemelhar a Nosso Senhor, Ao doce Jesus, meu divino modelo, Jesus! Felicidade da alma fiel.   Fere, saboreio tuas delícias, Na prova e no sacrifício, Visto que quero consolar o Coração De Jesus, meu Bem-Amado Salvador.   Não foste divinizada Ó dor, pelo Deus crucificado, Jesus chorando durante a agonia, Jesus, que por mim dá a vida?   Quero tanto dar a minha, A este Deus pobre, a este Deus sofredor, A Jesus humilhado, Jesus moribundo Mas, oh que Sua graça me sustente! ...   Porque nada posso sem Seu socorro, Mas com Ele que me fortifica Serei forte, forte sempre, Para amar, sofrer toda a minha vida.    Elisabete da Trindade

O jardim fechado da alma

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  Nem mesmo Santa Teresa D’Ávila tem certeza de onde lhe veio a inspiração de, para explicar como progredir sempre na oração, comparar a alma de cada cristão a um jardim. Alguns exegetas tentam decifrá-la e dizem que tomou o exemplo no “Terceiro Abecedário Espiritual” de Francisco Osuna, livro-chave na vida da santa. Mas se nos atentarmos um pouco, encontraremos essa comparação inúmeras vezes na Palavra de Deus e com veemência no Cântico dos Cânticos, livro tão amado por essa Doutora da Igreja: “És um jardim fechado, minha irmã e esposa, jardim fechado e fonte lacrada” (Ct 4,12). Fechado, pois Deus nunca o violenta, nunca invade a alma que não o aceita. Muito pelo contrário, carinhosamente permanece à porta e bate, esperando que a abramos (Ap 3, 20). Mas também fonte lacrada, pois somente Ele pode liberar em seu interior a água que vivifica a alma, primeiro purificando-a: “Derramarei sobre vós águas puras, que vos purificarão de todas as vossas imundícies e de todas as vossas abominaçõ

O Combate Espiritual

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  Regnum caelorum vim patitur, et violenti rapiunt illud– Mat. XI, 12   Estas palavras revelam o combate espiritual – o combate que todo cristão deve manter a fim de entrar na posse do reino dos Céus. Céu, o belo céu, foi nos conquistado pelo preciosíssimo Sangue de Nosso Senhor, e para qual todos os homens são chamados a entrar, ainda que nem todos entrem, pois o  reino dos céus adquire-se à força, e os violentos –  as almas corajosas –  arrebatam-no.  É um reino a ser conquistado, e deve ser conquistado à preço de coragem e de combate.  Porque também o que combate nos jogos públicos não é coroado, senão depois que combateu segundo as regras  (2 Tim. II. 5). O que, então, é o combate espiritual? Quais são os inimigos que devemos combater e como devemos suportar até a vitória? O combate espiritual do qual falamos consiste em triunfar sobre os inimigos de nossa alma, que são em número de três – o mundo, a carne e o demônio. O Demônio O demônio, o espírito de trevas e erro, particularmen

Fuga das ocasiões de pecado

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“Um sem número de cristãos se perde por não querer evitar as ocasiões de pecado. Quantas almas lá no inferno não se lastimam e queixam: Infeliz de mim! Se tivesse evitado aquela ocasião, não estaria agora condenado por toda a eternidade!” I. Da obrigação de evitar as ocasiões perigosas Um sem número de cristãos se perde por não querer evitar as ocasiões de pecado. Quantas almas lá no inferno não se lastimam e queixam: Infeliz de mim! Se tivesse evitado aquela ocasião, não estaria agora condenado por toda a eternidade! Falando aqui da ocasião de pecado, temos em vista a ocasião próxima, pois deve-se distinguir entre ocasiões próximas e remotas. Ocasião remota é a que se nos depara em toda a parte e que raramente arrasta o homem ao pecado. Ocasião próxima é a que, por sua natureza, regularmente induz ao pecado. Por exemplo, achar-se-ia em ocasião próxima um jovem que muitas vezes e sem necessidade se entretêm com pessoas levianas de outro sexo. Ocasião próxima para uma certa pessoa é tam

Do desprezo de toda honra temporal

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  Livro III. DA CONSOLAÇÃO INTERIOR Capítulo XLI 1. Jesus:  Filho, não te entristeças por veres os outros honrados e exaltados, ao passo que tu és desprezado e humilhado. Ergue a mim o teu coração até ao céu, e não te entristecerá o desprezo humano na terra. A alma:  Senhor, vivemos na cegueira, e facilmente nos engana a vaidade. Se bem me examino, nunca recebi injúria de criatura alguma; não tenho, pois, motivo de justa queixa contra vós. 2.  Mas, porque cometi tantos pecados, e tão graves, contra vós, é justo que contra mim se armem todas as criaturas. A mim, pois, com muita razão, cabe confusão e desprezo, a vós, porém, louvor, honra e glória. E enquanto não estiver disposto a querer de bom grado ser desprezado e abandonado de todas as criaturas, e ser tido absolutamente em nada, não haverá em mim paz e tranqüilidade interior, nem serei espiritualmente iluminado, nem perfeitamente unido a vós.

A qualidade da Oração

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